Ser Catequista

2Agosto é mês dedicado às vocações na vida dinâmica pastoral e litúrgica da Igreja no Brasil. Com esse tema/mês, somos chamados a refletir nossa vocação enquanto ser humano e cristãos batizados. Sim, vocação é chamado. Chamado para executar uma tarefa específica que nos envolve todo ser, o tempo todo, todo tempo. Com ela, somos tomados existencialmente, dando muitas vezes novo significado as nossas vidas.

Mas, quem nos chama e para que? Quem nos chama é Deus e para algo específico. Mas, como o faz? Como sabemos que é ele que nos chama? Ele o faz de muitos modos: através de uma situação-necessidade; de uma pessoa; de um conjunto de acontecimentos; através de sua palavra nas Escrituras; e em ultimo caso através de fatos excepcionais (cf. Is 6; Am 3; Os 1,2-9). E a pessoa chamada se sente como que irresistivelmente incomodada, tocada, sensibilizada, questionada, motivada, além é claro, de outras características, como: se sentir pequeno, com medo/coragem (cf. Jr 1,4-19; 20, 7-18), de forma que vai em busca de certezas/respostas e dá o seu Sim, como Maria, mãe de Jesus, o fez (cf. Lc 1,2656).

Assim, nasce a vocação. Umas de modo comum, outras mais especial, outras excepcional, mas no geral, quando Deus chama para algo, o faz de modo comum e compreensível à pessoa chamada, de modo que a mesma nem se apercebe logo num primeiro momento, de modo que só mais tarde compreenderá o real significado de sua decisão e saberá no seu íntimo que naquele momento ela teve um encontro com Deus (cf At 9,1-20; 22,5-16; Gl 1,11-24).

Pois, bem, vocação é chamado. E nossa primeira vocação/chamado foi à vida existencial. Em seguida, fomos chamados/vocacionados a sermos gente, imagem e semelhança do criador; depois, de modo especial, pelo batismo, fomos chamados e escolhidos para sermos cristãos, que de modo especial tem sua radicalidade no seguimento a Jesus, assumindo a tríplice condição de sermos Sacerdotes/Sacerdotisas (que presta culto), Reis/Rainhas (que cuida e zela da vida, do planeta), e Profetas/Profetisas (que educa pela denúncia e o anúncio da palavra) (cf 1Pd 2, 9-10).

E como vocacionados, não exercemos a missão, a tarefa de nossa vocação em nosso nome, mas em nome de quem nos chamou e enviou: Deus. E essa tarefa o fazemos a partir do movimento de Jesus, a Igreja. Por isso, ser catequista, é ser chamado por Deus e enviado pela Igreja para fazer ecoar na vida e no coração das pessoas o Amor, e a Verdade que liberta e salva, que traz vida e vida em abundância (cf. Jo 8,32; 10,10).

E então? Se você que já assumiu sua vocação batismal no seguimento a Jesus, como cristão, e se sente chamado a viver essa vocação mais radicalmente como catequista, apresente-se ao seu pároco (padre) e a coordenação de catequese; passe pelo processo de formação de escuta e aprendizado da Palavra; e com alegria, faça parte do grupo daqueles que na Igreja do Senhor são a referência básica e primordial na vivencia do Evangelho. Pois, toda vocação/vocacionado também precisa aprender para melhor servir, se desenvolver e produzir frutos e frutos de santidade e vida.

Seja bem vindo à catequese, à comunidade dos catequistas na Igreja do Senhor.

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