João 12,20-33: Jesus, dom de Deus para nós.

jcorandoHoje, queremos partilhar o texto de João 12,20-33. Ele nos apresenta um momento impar da vida e do ministério de Jesus. Sua pessoa e mensagem extrapola as fronteiras e chega aos gregos. Lembrando que a região da Galileia era um corredor de passagem para a Judéia, e conseqüentemente, era a porta de entrada para esse mundo fascinante que é a cultura israelense.

Pois bem, chega através dos discípulos aos ouvidos de Jesus o recado de que alguns gregos querem prosear com ele. Nesse momento, acontecem duas coisas: Jesus se alegra e entende que essa hora representa uma glória; e por outro lado, lhe remete a sua entrega total a serviço do Reino/Pai. E aí vem o convite e a manifestação divina ratificando e mostrando “Quem é Jesus” para aqueles que o querem seguir, enfatizando alguns dos requisitos quanto ao seguimento.

O que podemos intuir dessa narração para o nosso cotidiano? Uma primeira impressão que se nos apresenta é que, para acolher e seguir Jesus temos que passar pelo aniquilamento total de nossas vontades ideológicas, de nossos projetos enquanto contrários aos de Deus; isso significa dizer, se torna discípulo aprendiz e descobrir a força da graça de Deus agindo em nosso favor e bem dos irmãos. De outro modo é verdade, isso implica a cada dia morrer o velho homem (na linguagem de Paulo) para deixar nascer o novo homem. O convite é claro! E esse caminho, essa conversão, esse seguimento, passa pela cruz, seja ela de que modo for ou se apresente na vida dos que o seguem.

Nesse texto de hoje, o que está em evidencia é a gloria e a paixão. Ela passa necessariamente pelo caminho da cruz. E essa glória ao contrário do que possa significar essa palavra na língua portuguesa, aqui é unicamente, o fato e o ato de Jesus ser reconhecido e acolhido por todos (judeus e gregos = toda humanidade) como dom/enviado de Deus para a salvação redentora da humanidade.

No período pascal esse texto é meditado com muito esmero. Então, podemos nos perguntar a respeito do nosso seguimento a Jesus. Da qualidade do nosso seguimento, das opções que fazemos e do nosso jeito de pensar e agir: Será que estamos vivenciando, testemunhando e seguindo Jesus? Mas que Jesus? Como ele se apresenta? Que tipo de Jesus? É bom nos questionar assim, porque hoje “Jesus” está em alta no mercado brasileiro e mundial, mas certamente, todos caricaturas e ídolos que não passa nem perto do Jesus de Nazaré que nos apresenta o Evangelho e a fé Cristã. Meditemos!

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