Páscoa

Por: Sebastião Catequista.          paixãodecristo

A páscoa é um ritual antiguíssimo realizado por diversos grupos antes mesmo da história do Êxodo enquanto saída da Egito, casa da escravidão.

            Os pastores seminômades tinham um ritual que celebravam suas passagens das pastagens velhas para as pastagens novas. Nesta celebração sacrificava um cordeiro e aspergia suas tendas com o sangue do mesmo para se livrarem de maus espíritos e pedir a proteção dos deuses do clã.

Também os habitantes das montanhas – os camponeses, celebravam a passagem da colheita velha para a nova com alimentos de suas plantações. Seu principal elemento era entre outros, eram os pães ázimos (pães sem fermento) que traduzia esse momento singular da tribo.

 Por sua vez, os escravos trabalhadores do Egito, também fizeram sua páscoa, sua experiência de saída.

Cada grupo e suas tradições foram decisivos para com suas experiências de vida, de saídas, de êxodos, formar o ritual da páscoa como temos hoje no texto bíblico.

De fato, a páscoa bíblica como temos no livro do Êxodo 12-13 é tardiamente um ritual de sucessivas releituras que se tornou símbolo máximo da celebração do Êxodo, a grande Saída da Casa da Escravidão, o Egito. Ao celebrar a Páscoa todo povo de todas as épocas aí se vê, se compreende a si e se identifica.

A essência da Páscoa é a Liberdade. A liberdade é um dom, uma graça de Deus e uma oportunidade vocacional, onde cada um é chamado a rever sua vida; a ter nova postura e dá um novo significado existencial à vida libertada. E esse novo deve estar e está alicerçado na aliança, Palavra de Deus.

Desse modo a páscoa não é algo do passado ou um ritual vazio; mas algo que está no presente, hoje. Sua essência é de todas e para todas as épocas e lugares. Celebrar a páscoa judaico-cristã  e entrar nesse espírito é sempre um processo vocacional de saída (pesah – hebraico); é sempre um retira-se da casa da escravidão para a casa da liberdade; é sempre um sair da morte para a vida.

Na páscoa bíblica é Javé que passa e executa a libertação. É sempre Deus que toma a iniciativa de libertar. Hoje também é Ele quem toma a iniciativa de nos libertar e sua ação libertadora tem nome: Jesus de Nazaré, O Cristo Senhor, o crucificado vivente.

Bibliografia consultada:

  • Bonh, Ildo Gass. Uma Introdução à Bíblia – Formação do Povo de Israel. Vol 2. Cebi/Paulus,2002.
  • Nova Bíblia Pastoral, São Paulo, Paulus 2014.

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