A morte de Jesus

Série de Textos de Estudos Bíblico 9ª Texto: A morte de Jesus

A morte de Jesus na ótica da fé é redentora e salvadora. Olhando pelo contexto histórico foi assassinato e testemunho. Mas, porque Jesus morreu, se nos Atos dos Apóstolos (2, 22s) nos diz que ele viveu fazendo o bem? A quem importaria sua morte? Que forças estariam conspirando sua morte e porque? A partir da leitura dos textos de Mateus 15,20b-39;  João 19,28-42;  Atos 2,22-24 tecemos essas linhas de estudo e oração para os grupos de catequese de jovens, adultos e círculos bíblicos.

A morte de Jesus

Contextualizando

            Jesus morreu relativamente jovem, com 33 ou 36 anos de idade. Não morreu de causas naturais e nem de enfermidades. Sua morte foi um martírio (testemunho em grego) pela causa do Reino. Estava convencido de que o Reino estava acontecendo no meio do povo e de que Deus agia, sobretudo através de sua pessoa, de seu modo de agir.

            E essa forma de crer, pensar a agir o levou a morte.

As causas contidas nos Evangelhos (blasfêmia, violação do sábado, ser rei, magia) mascaram algo mais profundo e denuncia o sistema político-religioso do seu tempo.

            O contexto em que Jesus viveu, tendo os grupos políticos e religiosos que teve, todos com sua ideologia a respeito de como Deus agiria, de como o reino estaria acontecendo, era provável que quem pensasse diferente fosse assassinado.

Jesus incomodou a muita gente da elite da nação. Já estudamos isso antes (procure ver o texto anterior – A perseguição a Jesus), e vimos o resultado.

            Jesus morreu não foi porque foi “bonzinho”, mas porque ousou criar uma nova consciência sobre Deus, sobre sua vontade, sobre a situação pela qual o povo se encontrava naquele momento.

Deus estava agindo (tudo bem, ok), mas por meio do próprio Jesus, que era leviano com as tradições religiosas, isso para os religiosos e a elite do seu tempo era demais. Ele blasfema por perdoar pecados (cf. Mc 2,6-7); viola o sábado (cf. Mc 2,23s); expulsa demônios possuído pelo espirito de Beelzebu (cf. Mc 3,20-30); e se achar interprete de Deus como Messias na figura do ‘Filho do Homem’ do livro do profeta Daniel (cf. Mc 14, 60-65; Dn 7,13-16s).  Não dava para aceitar. Jesus havia mexido com “interesses” um pouco mais “da fé” e isso não era admissível. E a elite tratou de eliminá-lo. Ocasiões não faltaram, numa delas, ele foi apanhado: a traição.

Preso (cf. Mc 14,43-46) tentaram arrumar testemunhas contra ele, todas falsas (cf. Mc 14,53.55s); e foi julgado sob a acusação de blasfêmia junto ao Sinédrio (cf. Mc 14,63-64); depois levado ao tribunal romano foi condenado (cf.  15, 1. 15). Pois, é melhor que diante das autoridades sobretudo romanas, um só homem morra pela nação (cf. Jo 11,49-50s) do que todo povo. E aí você já sabe do desfecho final: na cruz está escrito o motivo de sua condenação: INRI – Jesus Nazareno Rei dos Judeus (cf. Mc 15,26). Um subterfugio, um motivo que esconde o real motivo de sua morte: Ele era o Messias.

Para aprofundar

  1. Quais os motivos, em resumo, os evangelhos apresentam para a morte de Jesus?
  2. Qual o sentido da morte de Jesus, para nós hoje? Por que?
  3. Que tal pesquisar e saber a origem da oração da Via-Sacra rezada pela Igreja na Semana Santa? Faça isso.
  4. Reza o cântico de Efésios 1,3-10.

 

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