Por: Maria do Socorro Santos
Trago neste artigo, alguns elementos sobre o sacramento da Crisma, anotações e pesquisas que ao longo dos anos fiz e que dei em cursos. Não recordo as fontes, mas o material é muito bom. Aproveite!
Introdução
Este é um dos Sacramentos que oferece maiores oportunidades para a evangelização dos jovens. Sobre ele, boas experiências pastorais estão sendo feitas. Alguns valores e limitações são encontrados na prática da Confirmação ou Crisma.
Valores: Os jovens procuram este Sacramento; Descobrem nele valores ou riquezas; em geral há um bom nível de preparação para a Crisma; Descoberta da dimensão apostólica deste Sacramento; Cresce o número de jovens que se engajam após a Crisma; Oportunidade dada aos jovens de confirmar a Fé que receberam no Batismo.
Presença do Pastor Diocesano na Comunidade por ocasião da Crisma; Sacramento assumido a partir de uma opção pessoal; oportunidade para envolver a Comunidade cristã nas atividades pastorais; A celebração da Crisma dentro da Missa, com a participação de toda a Comunidade.
Limites: Ás vezes, dificuldades de engajamento dos crismados no trabalho apostólico da Comunidade. Ainda existe preparação feita apenas por noções ou só Doutrina, sem levar em conta a vivência comunitária e engajamento Pastoral. Sempre aparecem dificuldades na Catequese crismal.
Confirmação e Crisma
Do latim “confirmare”, “confirmação” tem o sentido de consolidar, con-firmar. Através do sacramento da Crisma o cristão confirma sua fé e adesão a Jesus e assume seu papel na Comunidade.
O “crisma” é o “óleo” que o bispo usa para “ungir” conforme um ritual a pessoa do crismando, conferindo a ele o Espírito Santo e seus dons, fazendo com que o crismando confirme a fé cristã que recebemos no Batismo.
Muitos pensam que a confirmação seja um simples “assumir conscientemente o Batismo”. Essa afirmação não é verdadeira. Se fosse simplesmente assumir o compromisso batismal, não seria Sacramento. Existe algo de mais profundo nela. E é esse algo mais profundo que a torna Sacramento.
A Confirmação é uma continuidade da obra iniciada no Batismo. Batismo, Confirmação e Eucaristia são chamados “Sacramentos de Iniciação cristã”, pois introduzem a pessoa numa vida nova (Filho de Deus), com tarefas dentro e fora da Igreja (testemunho de vida), levando-a a perfeita sintonia (comum-união) com Deus e com a Comunidade – Igreja, Povo de Deus.
Todo Sacramento é um sinal que recorda um acontecimento de Cristo Salvador. A Confirmação é o Sacramento que torna visível o Dom do Espírito. Nela, o Espírito Santo é comunicado ao fiel, como dom [presente] Divino para o crescimento espiritual do homem e da mulher a serviço da vida e do reino no seguimento a Jesus: “Pelo Sacramento da confirmação, aqueles que renasceram no Batismo recebem o Dom do Espírito Santo, são enriquecidos por eles com uma força especial (LG 11), marcados por este Sacramento ficam mais perfeitamente unidos a Igreja e mais estreitamente obrigados a espalhar e defender a Fé por palavras e atos como verdadeiras testemunhas de Cristo”(AD 11).
Na Crisma, o cristão recebe o Espírito Santo, como os apóstolos receberam no dia de Pentecostes (At 2,1-47). Esse Dom é força para testemunhar Jesus Cristo por toda parte (At 1,8).
No Sacramento da Crisma se faz o gesto de ungir a pessoa com óleo perfumado. O que se quer dizer com este gesto? Na segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, ele diz que pelos cristãos, Deus espalha por toda parte o perfume do conhecimento de Cristo (2Cor 2,14). Em toda parte onde o Cristão estivesse devia se sentir “cheiro de Cristo”. Que cheiro é esse? É o Amor, a bondade, a alegria, a Justiça, a obediência a Palavra de Deus, o respeito ás pessoas, etc. Esse é o “cheiro do cristão”. Porque é o “cheiro de Cristo”. Pela sua atitude, o cristão dá testemunho de Cristo. Isso acontece pela força que o Espírito Santo lhe dá. Ninguém consegue esta força, se Deus não dá. Por isso, nesse Sacramento se festeja este presente de Deus.
Unidade entre Batismo, Crisma e Eucaristia.
Nos primeiros séculos, Batismo, Crisma e Eucaristia eram celebrados e administrados de uma só vez e constituíam uma profunda unidade. Isso tanto na Igreja Latina quanto na de rito Oriental. Assim se justificava como Sacramentos da Iniciação pelos quais o novo cristão se integrava na Comunidade dos seguidores de Cristo.
Pela sua própria história cujas razões práticas e pastorais, não de ordem teológica, mas e, sobretudo, por está muito presente e principalmente nas cidades, a Igreja Latina preferiu administrar e celebrar esses Sacramentos de modo distintos uns dos outros com pedagogia própria.
A igreja de rito Oriental, contudo, continuou com a tradição de celebrá-lo juntos quando da adesão e acolhida de um novo membro (Estudos da CNBB nº 61).
Elementos teológicos
Há uma unidade íntima entre os Sacramentos do Batismo e da Crisma, de forma que não se pode compreender o segundo independente do primeiro. O Batismo pede a Crisma, embora por si já tenha seu significado; a Crisma exige, como pré-requisito, o Batismo, Originalmente, ambos constituíam uma unidade por seu próprio sentido: participação no mistério pascal de Cristo.
A Graça Crismal é fundamentalmente a mesma do Batismo: participação no mistério Pascal de Cristo. Mas este mistério é uma realidade que consta de vários momentos, embora esses momentos constituam uma unidade. O mistério Pascal de Cristo é Paixão, Morte e Ressurreição.
Por exemplo, Lucas no Evangelho, querendo dar uma explicação catequética ao mistério Pascal, acentua momentos diferentes: a Morte de Jesus na sexta-feira Santa ( Lc 23,44-49); a Ressurreição no Domingo da Páscoa (Lu 24,1-12); a Ascenção ( Jesus exaltado á direita do Pai na Glória), quarenta dias depois da ressurreição ( At 1,1-11); a vinda do Espírito Santo, dez dias depois da Ascenção(At 2,1-12).
Apesar de relatar o mistério Pascal em momentos cronológicos diferentes, este mistério constitui uma unidade. Para maior compreensão da comunidade cristã, Lucas “desdobra” a riqueza do mistério Pascal em diversos momentos.
A Crisma acentua o “Pentecostes” do Mistério Pascal. O batizado é confirmado pela força do Espírito Santo para ser membro responsável na Comunidade cristã. É enviado a ser testemunha de Cristo no mundo e viver em toda a amplitude sua vocação batismal.
O Cristão recebe a unção (2 Cor 1,12; 1Jo 2,20.27); é também um ungido. Pela Crisma somos “ungidos no Ungido”, como, pelo Batismo somos feitos filhos no Filho. O gesto simbólico da Crisma sublinha, pois, que o Espírito, como DOM, é conferido ao cristão em vista do seu seguimento de Jesus Cristo e da sua participação na missão da Igreja, cujas dimensões podem ser apresentadas da seguinte maneira:
Anuncio (Querigma): anunciar Jesus Cristo e sua mensagem;
Serviço (Diaconia): assumir a ação Pastoral da Igreja a serviço do Reino de Deus;
Comunhão (Koinonia): promover a unidade, a fraternidade e a participação;
Testemunho (Martyria); testemunhar a Fé através de uma vida cristã e da defesa da justiça em favor dos enfraquecidos e pobres;
Celebração (Liturgia): Celebrar o mistério de Cristo na vida da comunidade: Eucaristia, Sacramentos festas Litúrgicas, expressão de piedade popular.
Efeitos da Crisma
O Sacramento dá ao cristão, além da santificação pessoal, a missão e capacidade de proclamar a sua fé bem como de atuar em sua Comunidade eclesial de acordo com as exigências históricas da mesma, e com a diversidade de ministérios e carismas (cf. doc. 2ª, CNBB, 2.4.2).
O Sacramento da Crisma acentua o envio, a missão, expressa no gesto simbólico a dimensão pentecostal do Mistério de Cristo. No Pentecostes, pela força do Espírito Santo, Deus estabeleceu e confirmou a Igreja para continuar a missão do Cristo através dos tempos em todo mundo. O cristão é fortalecido com a força do mesmo Espírito Santo para ser membro ativo da Igreja e pôr-se a serviço do Reino. O crismado é chamado a atuar na sua Comunidade e testemunhar Cristo no mundo. A Crisma é um começo e não um ponto de chegada. Manifesta-se assim seu caráter de iniciação.
A Palavra “Confirmação” tem sentido de “ tornar firme, forte” e indica assim a força de Deus que é dada no Espírito Santo, da qual a Unção é o Sinal. O nome “Confirmação” para designar o Sacramento da Crisma apareceu pela primeira vez no Concilio de Orange (441). Apoia-se no texto da São Paulo: “Quem nos confirma a nós e a vós em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele nos marcou com o seu Selo e deu aos nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor 1,21-22) ( Estudos da CNBB nº 61).
Assim a Catequese da Crisma deve ser um tempo de reflexão, de oração, de meditação da Palavra de Deus. Deve levar os crismandos a momentos de prazer pelo que se está vivenciando. É uma catequese da maturidade, por isso, deve-se levar em conta o que se tem na comunidade e apresenta-los, para que assim também seja uma catequese vocacional.
A Catequese da crisma deve ser também uma formação para a vida, pois onde o jovem estiver ele seja sinal do Reino já presente entre nós.
Como é bom ter pessoas de fé, que ainda se coloca diante das tarefas serviçais cristãs na comunidade como; os catequistas que leva os ensinamentos dos senhor aos pequeninos e os Jovens. Deus abençoe a todos!
Giovani carneiro escritor palestrante catequista
Este canal para mi como catequista é muito importante eu só enriqueço o meu conhecimento na minha caminhada como catequista e Legionaria.Parabens Sebastião meu irmão catequista Catequis.
Com a leitura eu como cristão, aprendi um pouco mais, que o crisma é um sacramento de confirmação e formação para toda a vida cristã, para que o ser humano seja um sinal do reino de Deus, já presente entre todos nós.
O Conceito da Bíblia . . .
A crisma — é um requisito cristão?
“A Crisma [ou Confirmação] é o sacramento que confere ao cristão batizado a plena perfeição da vida cristã, tornando-o espiritualmente um adulto, um soldado e uma testemunha de Cristo.” — The Catholic Encyclopedia for School and Home (Enciclopédia Católica Para a Escola e o Lar).
A MAIORIA dos protestantes rejeita a idéia de que a crisma, ou confirmação, seja um sacramento. No entanto, o teólogo católico do século 13, Tomás de Aquino, escreveu que “a crisma é um aperfeiçoamento final do sacramento do batismo”. Seja como for, surgem as perguntas: Praticavam os cristãos primitivos a crisma? É esse ato cerimonial um requisito cristão na atualidade?
“Não existe absolutamente nada no Evangelho que indique que o Próprio Jesus tenha instituído o Sacramento da Crisma”, admite a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica). Assim, por que os mestres da igreja promoveram mais tarde a idéia de que, depois do batismo, um segundo rito, que pode incluir a unção com óleo e a imposição das mãos, era necessário para tornar a pessoa um membro pleno da igreja?
Como Começou a Crisma?
O batismo de bebês foi um dos fatores-chave que levaram à necessidade de outro sacramento. “Cônscias dos problemas causados por batizarem bebês”, diz o livro Christianity (Cristianismo), “as igrejas . . . lembravam aos que haviam sido batizados o que isso significava por ‘confirmá-los’ mais tarde na vida”. Será que a crisma deveras lembra a eles o que o batismo significa, ou obscurece a verdade sobre o batismo?
O fato é que o batismo de bebês não tem apoio algum nas Escrituras. Aspergir água em um bebê, por exemplo, não livra aquele bebê do pecado original; apenas a fé no sacrifício resgatador de Cristo Jesus pode fazer isso. (João 3:16, 36; 1 João 1:7) O batismo em água é um símbolo exterior de que a pessoa batizada fez uma completa dedicação, mediante Jesus, para fazer a vontade de Jeová Deus. O batismo em água é para discípulos — ‘crentes’ — e não para criancinhas. — Mateus 28:19, 20; Atos 8:12.
“Onde foi que o Batismo findou e a Confirmação começou?”, pergunta a New Catholic Encyclopedia. Ela responde: “Talvez não devêssemos tentar distinguir com demasiada precisão, pois estamos lidando com um rito único na Igreja primitiva.” Sim, no primeiro século, o “rito único” que concedia a qualidade de membro pleno da congregação cristã era o batismo. — Atos 2:41, 42.
É necessária a cerimônia da crisma, com sua imposição das mãos, antes que a pessoa possa receber o espírito santo? Não. Na primitiva congregação cristã, a imposição das mãos que seguia ao batismo normalmente era para fazer designações especiais ou para conceder os milagrosos dons do espírito. Estes dons deixaram de existir com a morte dos apóstolos. (1 Coríntios 13:1, 8-10) E a imposição de mãos é muitas vezes associada, não ao batismo em água, mas a tarefas específicas a serem executadas em relação com a atividade missionária cristã. (Atos 6:1-6; 13:1-3) Assim, prova-se falsa, sob escrutínio, a idéia de que a crisma dá prosseguimento a tal apostólica imposição das mãos e é, como diz a obra Basics of the Faith: A Catholic Catechism (Os Fundamentos da Fé: Um Catecismo Católico), “um sacramento que transforma a pessoa de modo tão profundo que só pode ser recebido uma única vez”.
O apóstolo Paulo avisou sobre o desvio da verdade bíblica fundamental: “Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidade . . . afastarão os ouvidos da verdade a fim de voltá-los para os mitos.” (2 Timóteo 4:3, 4, Bíblia Vozes) Todavia, os que crêem no rito da crisma citam dois exemplos bíblicos como prova.
Tem Base Bíblica?
O relato de Atos 8:14-17 é muitas vezes usado como base para a crisma. No entanto, esta imposição das mãos para receber espírito santo era uma ocasião ímpar. Como assim? Os samaritanos não eram prosélitos judaicos. Assim, eles se tornaram os primeiros não-israelitas a serem acrescentados à congregação cristã. Quando o discípulo Filipe pregou em Samaria, muitos samaritanos “passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres”, mas eles não receberam imediatamente o espírito santo. (Atos 8:12) Por quê?
Lembre-se, foi a Pedro que Cristo Jesus confiou “as chaves do reino” — o privilégio de apresentar inicialmente a oportunidade para a entrada de diferentes grupos de conversos no “reino dos céus”. (Mateus 16:19) Assim, não foi senão quando Pedro e João foram a Samaria e impuseram as mãos sobre estes primeiros discípulos não-judeus que espírito santo foi derramado sobre eles como sinal de sua condição de membros prospectivos do “reino dos céus”.
Alguns vêem em Atos 19:1-6 a evidência de que os cristãos primitivos possuíam um rito separado após o batismo. Neste caso, contudo, é óbvio que o motivo de o espírito santo ser retido de alguns discípulos na cidade de Éfeso era que estes novos crentes tinham sido batizados com o “batismo de João”, que não era mais válido. (Veja também Atos 18:24-26.) Quando isto lhes foi explicado, eles prontamente “foram batizados no nome do Senhor Jesus”. E, neste caso, o apóstolo Paulo “pôs as suas mãos sobre eles”, de modo que recebessem alguns dos dons miraculosos do espírito santo de Deus, além de serem adotados como filhos espirituais de Deus. — Romanos 8:15, 16.
O New Dictionary of Theology (Novo Dicionário de Teologia) diz sobre tais relatos: “Destas ocorrências não se pode derivar nenhuma continuidade direta de uso, e, mesmo que fornecessem algum precedente, seria duvidoso se elas devessem ser encaradas como normativas para a iniciação cristã, do modo como é o batismo em água. . . . Os Atos dos Apóstolos apresentam muitos casos do uso do batismo em água sem uma subseqüente imposição das mãos (de modo que estes casos parecem, de fato, ser exceções).” Sim, tratava-se de medidas excepcionais para enfrentar circunstâncias excepcionais.
“O rito chamado ‘confirmação’”, conclui o New Dictionary of Theology, “tornou um ‘rito em busca de uma teologia’”. É, de fato, um rito não bíblico, produto de ensinos falhos, e certamente não é um requisito para os cristãos.
muito bom esse estudo biblico
estou aprendendo muita coisa que não sabia
gostaria que vs mandase os livro do Gêneses,metodologia catequetica e pastoral biblica em pdf ou por Email MUITO OBRIGADO QUE A PAZ ESTEJA COM VCS
Caro Ary, obrigado por acessar o site. Ele é feito com muito amor e dedicado a formação dos catequistas e internautas no geral. Quanto ao seu pedido, todo material de que dispomos está no menu < Downloads> e na página inicial do lado direito. Um clique no título e o arquivo é baixado para seu computador em pdf ou noutro, no qual foi feito originalmente. Salvo, engano, há também material específico em algumas matérias do site, matérias que se trata da catequese, etc. Esperamos ter esclarecido. Obrigado pela visita, e divulgue o nosso site, pois ele é para a Glória de Deus e o bem dos irmãos e irmãs.
Att: Coordenação.
O batismo é o inicio, um começo, a crisma é a segunda etapa, um treinamento espiritual que nos faz crescer espiritualmente (sacramento)(por mais que não seja claro), preparando nos para ”jornada” contra os inimigos de fé que nos vai tentar a todo tempo, e temos função (obrigação) de professar a fé, a confirmação é o avanço do espirito o qual vai esta ao seu lado para enfrentar os inimigos e professar a fé às pessoas.
Crisma aperfeiçoa a graça batismal no sentido de torná-la madura, aperfeiçoada, plenamente desenvolvida. É importante compreender bem isto. No Batismo, nós recebemos o Espírito do Cristo Ressuscitado; ele nos é dado como vida divina, vida nova, vida eterna, que faz de nós novas criaturas.