Por Sebastião Catequista
Este artigo como todos os demais tem sua contextualização contida na introdução (à guisa de, critério de…) do primeiro artigo. É importante que se leia a introdução para melhor compreender sua narrativa. Para ver todas as traduções da Bíblia, confira o link no final deste artigo.
10. Bíblia TEB (Loyola)
A Bíblia TEB ou Tradução Ecumênica da Bíblia – é uma Bíblia que nasceu com o espirito ecumênico. Foi feita por uma equipe em que católicos, protestantes, judeus e ortodoxos deram o melhor de suas tradições para dar testemunho desse tesouro em comum. Traduzida dos originais hebraico, aramaico e grego tem seu pano de fundo a tradução original feita para e pela equipe francesa, alguns dos quais são parte da equipe da BJ já comentada aqui.
A TEB não é uma Bíblia fácil e não é nem de longe, nem por sonho, uma Bíblia para o povo, para nossos grupos de estudos bíblicos simples. Motivo: Seu próprio formato é bem complicado e complexo. Segue a mesma estrutura, organização e formato da Bíblia Hebraica. Algo que não estamos acostumados. Seu linguajar não é de se jogar fora mas também não é o mais fácil! Não foi traduzida para o povo, mas para peritos, biblistas, estudantes de teologia, para “leigos sabidos” nessas coisas de Bíblia e religião, como diz o povo. Ela exige do seu leitor um “certo saber”, entende? Ela não foi feita para um “leitor simples”…
Ele foi traduzida para um público-alvo: aqueles que são dos círculos ecumênicos e tem formação elevada. Estes de algum modo podem ler e entender seu texto e seus aparatos (rodapés, informações técnicas, acadêmicas, etc) em suas complexidades. O português é bom, mas não é o velho e bom português lá do mercado, da praça e muito menos de “Maria e Zé” lá da rua. Mas não é mesmo! Contudo, isto não tira dela o seu mérito e o bom trabalho da Equipe. É uma boa Bíblia! Dá para ler!
No geral, como já foi dito, sua organização não é a convencional de todas as Bíblias modernas, nesse sentido ela é única e “original” porque segue toda a estrutura e formado da Bíblia Hebraica. O nome divino usado é o SENHOR. O tetragrama não é mencionado. O livro dos Salmos em sua numeração segue o original tendo entre parênteses a numeração latina litúrgica. Também os salmos não trazem o titulo dando-nos a ideia do que se trata o mesmo, como nas outras Bíblias modernas.
As introduções aos livros são bem menos longas como a Bíblia de Jerusalém e por isso mesmo menos enfadonhas, mas densas. As notas de rodapés é um show a parte! Há abundantes notas e toma quase metade das páginas. Os paralelos são colocado de lado dos textos como na BJ. Seus recursos são excelentes: mapa coloridos, tem quadro cronológico, tem a tabela de peso e medidas, e tem o índice das principais notas (dicionário), contudo, falta outros recursos interessantes. Mas isto vai de gosto e também se leva em consideração o seu público-alvo e situações.
A edição que averiguamos é a de 1994, porém há uma nova versão de 2023 que certamente está bem interessante, contudo, não deve ter perdido suas características principais que a distingue das demais bem como o público para qual foi traduzida.
A TEB não é uma Bíblia “para o povo” mas isto não isenta o povo de ter e ler esta tradução que é interessante.
Biblia Sagrada Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH (Paulinas) – VII
Bíblia Sagrada Ave Maria – VIII
Bíblia Sagrada de Aparecida – IX
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