Amigo internauta lendo a passagem de Ester 7,3 e 8,6 que diz: “Se realmente encontrei graça a teu olhos, ó rei, respondeu-lhe a rainha Ester, e se for de teu agrado, concede-me a vida, eis o meu pedido, e a vida do meu povo, eis o meu desejo. Como poderia eu ver meu povo na desgraça que vai atingi-lo? Como poderia eu ser testemunha do extermínio da minha parentela?” me levou a refletir sobre Maria mãe, no seguinte aspecto, cuja leitura acima pode ser muito bem aplicada à Ela, haja vista ser a boa Mãe, de status singular e maior que o de Ester: mãe de Jesus, mãe de Deus!
De que aspecto falo? Se você parar e olhar sem nenhum preconceito ou se você é devoto, não olhar com excessividade e exagero para o que digo, pondere sob aspecto histórico o seguinte fato.
Durante toda a história do Cristianismo, Maria teve e terá seus devotos, do mesmo modo como muitos “não religiosos” terão seus ídolos e fãs em vários seguimentos da sociedade, seja musical, artística, literária, novelesca, cinematográfica, etc. O que chamo atenção é que, no caso de Maria mãe (como gosto de a nomina filialmente e pessoalmente) há um diferencial: Ela faz bem à vida, corpo e alma das pessoas que a invoca e lhe tem por devoção. Entretanto, e aqui está o aspecto a que me refiro hoje, Maria, com sua presença espiritual e singular tem “salvo” muitos dos homens e mulheres que recorrendo à Ela, encontrou porto seguro. Isso é um fato e contra fatos não há argumento, diz o velho adágio popular. Pondere o seguinte fato: quantas milhares e milhares de pessoas, principalmente no século XX encontraram rumo para suas vidas, respostas às suas indagações mais íntimas e existencial, que teve suas vidas transformadas e se tornaram transformadoras. Se fossemos perguntar às essas pessoas o que realmente aconteceu antes e depois de sua relação com a Senhora, certamente ouviríamos mais do que podemos contar. Daí podemos entender que, o texto acima se aplica muito bem a Maria mãe, pelo fato de, ser ela quem é (a escolhida, a humana mais próxima da divindade, a mãe do Senhor), de modo que, dia e noite ela por certo (supomos a partir dos relatos e fatos históricos – as aparições, etc) diante do trono do Cordeiro redivivo, seu filho Jesus, o Senhor e Deus (se cremos ser assim, ou se não crermos, pelo menos, imaginamos algo de grande magnitude…) intercede por nós, seu povo, ou pelo menos, participantes da mesma condição humana…
Por isso, que na liturgia e espiritualidade de matriz católica e ortodoxa ela ocupa depois de Jesus lugar especial. E mais que qualquer outro, cremos, ela olha pelo povo. As histórias das aparições o confirmam (independentemente de ser verídica ou não) pelas multidões que a elas acorrem; pelos sinais “normal” mas que visto com o ato de fé, diz mais do que sua “normalidade” aparenta ser; pela honestidade das pessoas (que ao contrário do que muitos pensam e maldosamente dizem ser pessoas “piegas, alienadas, esquizofrênicas, dominadas, opio, cabresto da religião”) se expõe de modo verdadeiro e sem constrangimento. Daí entender que, em Maria mãe, Deus age e se faz ouvir e entender de um modo muito aquém do que pensa e diz o mundo com sua lógica e sistema. Ele, o bom Deus, atende a filha, esposa e Mãe que ela é, salvando o seu povo e o conduzindo à vida. Ela, Maria, é a nova e nossa Ester universal a interceder por nós. E do povo os precisados, vão ao seu encontro do mesmo modo que, no tempo de Jesus, o povo acorria ao seu encontro.
Eis, pois, nossa reflexão para hoje. E você o que diz? Concorda?
Salve Maria, mãe da Misericórdia, vida doçura, esperança nossa, salve!
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