Por: Sebastião Catequista.
Experiências cotidianas, escutas daqui, dali, contemplação, olharadas, sentimentos, vontades, razão, dores, vida… e brotam reflexões! Eis uma delas…
A Razão define a personalidade humana enquanto ser pensante.
Durante séculos foi matizada como algo tipicamente masculino, próprio do mundo masculino. No ocidente definiu as relações, as relações de poder. O ser ontologicamente sempre foi definido pela Razão.
A Razão dá o equilíbrio ao Ser, define seus contornos, direciona, pesa e reinventa as consequências da plausibilidade e do incerto. Ela recria novas possibilidades. Pensa o Ser constantemente e permanentemente.
A Razão por sí é fria, seca, previsível, viril, metódica. Ela é um agente poderoso e fator de equilíbrio como já dissemos, tanto pode gerar a vida quanto a morte; tanto pode criar e gerar ilusão quanto a verdade e a mentira; quanto o vazio e a concretude.
A Razão é indispensável à vida. É equilíbrio. Porém por si só é estéril.
A Vontade é uma agente poderosa, desestabilizadora. Ela é dona de si e quase irresistível. Às vezes ou quase sempre é preciso exercer o controle sobre ela; e a Razão se apresenta nessa hora.
A Vontade quase sempre está ligada a fatores e objetos cujos sentimentos e pregões da razão, subjazem escondido.
A Vontade sempre traz consigo elementos catalizadores cujo ego e a libido enquanto prazer, submente quase que violentamente a razão com contra-argumentos.
A Vontade é cega e caprichosa, precisa de seu vizinho, os sentimentos. Quase nunca age sozinha. Ela gostifica a vida, atesta-lhe sentido, dá e faz sentir o sabor que a vida com sua dinâmica oferece. A vontade faz querer; o querer produz ação e reação. Por isso, também a Vontade precisa de vigilância, precisa de freios e constitui-se também fator de equilíbrio.
Os Sentimentos são agentes que nos atesta estarmos vivos. Nos dá a impressão de existir. Sua impessoalidade possibilita a graça e a leveza, o sonho e a concretização do mesmo.
Nos Sentimentos estão conjugados anjos e demônios. O prazer deriva-se como consequência plausível e redesenha as configurações do próprio Sentimento que numa hora é salutar, noutra o vilão.
Também os Sentimentos por si só é causador de desequilíbrio e morte. Seu equilíbrio depende da Vontade e da Razão.
Nenhum dos três agem ou deve agir só, pois são agentes poderosos cuja ação e efeitos são danosos; mas conjugados, em equilíbrio possibilitam causas-ações-reações cuja consequência fomenta tamanha felicidade, rumo e acertos causadores de bem-estar e vida.
O que acontece quando cada um é individualizado? O que acontece quando cada um complementa o outro e vice versa? Essa é uma questão aberta cuja experiência é susceptível de aprendizado.
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