O autor de Êxodo 3 [1-15], nos faz uma narração de Deus se manifestando e revelando a Moisés o seu nome: Javé (Yahweh). O que o autor bíblico quer inculcar na cabeça de seu leitor? O texto não faz menção a quem é Javé mas, o que ele faz pelo seu povo. A partir desse “pano de fundo” vejamos o que podemos entender sobre Javé. Vejamos o tecido do texto: Êxodo 3,1-15.
Ex 3,7…………… Eu vi a miséria do meu povo.
Ex 3,7…………… Ouvi o seu clamor.
Ex 3,7…………… Conheço o seu sofrimento.
Ex 3,8…………… Desci para libertá-lo.
Ex 3,10…………. Eu envio você para tirar o meu povo do Egito.
Ex 3,12…………. Eu estou com você.
Ex 3,14…………. Eu Sou aquele que é.
Ex 3,14,………… Eu Sou me enviou até vocês.
Ex 3,15…………. Este é o meu nome para sempre.
Ex 3,15…………. Esta será a invocação de geração em geração.
Em Êxodo 2, 23-25 vemos o povo gemendo sob o peso da escravidão e ergue seu clamor até o céu. Veja como Deus reage, como ele toma iniciativas.
Ex 2,23……… os israelitas gritaram do fundo da escravidão
Ex 2,23……… o seu clamor subiu até Deus
Ex 2,24……… E Deus ouviu os seus gemidos
Ex 2,24……… Deus lembrou-se de sua aliança
Ex 2,24……… e Deus conheceu sua penúria
Então, dentro do contexto do êxodo, pronunciar o nome de Deus é o mesmo que invocar sua presença. Ele se faz presente, se achega, se interessa, toma conhecimento, toma partido, providencia um plano, arquiteta uma nova realidade. Não o faz sozinho, forma equipe.
Esse nome de Deus (Javé) nas tradições judeu-cristã foi assumido com muita solenidade e sacralidade. Em épocas distintas diferentes grupos tiveram com sua escrita e pronúncia relações bastantes complexas. Javé ou Jeová por exemplo, é uma discussão que ainda hoje povoa certo imaginário cristão. E geralmente dão a seguinte explicação para esse caso:
Yahweh ou Yehowah?
Na questão gramatical o assunto é bem controverso mas uma pequena regra gramatical dá o tom lógico da mudança e pronúncia. No original hebraico esse nome é um tetragrama de quatro consoantes:
Com as vogais do nome <Adonay> que significa: ‘Meu Senhor’ ao nome ‘Yahweh’, o resultando é uma nova escrita e pronúncia: Yehowah (Jeová).
Como se pode ver, segundo a regra gramatical, o <a> de Adonai fica <e> junto do <Y> e o nome fique assim: YeHoWaH/Jeová.
Essa é uma explicação plausível. Já quem é Javé e como se deu sua relação com o povo da Bíblia é uma outra história!
Yehowah – Iehouah יהוה é a pronúncia adequada do Todo Poderoso na Torah (Pentateuco) e Tanach (Bíblia Hebraica). Todos nossos exemplares de Torah – fonte comum para todas crenças – lidos em hebraico com sinalização massoréticas são lidos gramaticalmente Iehovah e pela aplicação de propriedade vocálica ancestral da consoante vav como ”o” ou ”u”, somado com estrutura de nomes hebraicos biblicos é Iehouah, também escrito como Yehowah, Yehwah, Iehowah, Iehwah, Yehuah, Yehouah, IHVH, YHWH, O comentário de certa obra sobre essa pronúncia ser o emprego das vogais atribuídas á palavra Adonai não tem precedência ou autoridade no mundo judeu clássico embora isso não impeça alguns de nós de citar o mesmo assunto e decidir dar força ao mesmo. Iehouah já era de uso corrente antes da atividade massorética e também reflete a Torah transmitida liturgicamente e em comunidades por mais de 3.500 anos. Falo de som neste caso, não de escrita especificamente. Os judeus caraítas de língua inglesa e hispânica assumem na maioria uso aberto e sagrado da pronúncia Iehouah, o judaísmo rabínico evita sem exceção porém todas suas obras evidenciam ao estudioso monoteísta – como entendemos – o som iehovah e por compreensão do hebreu biblico Iehouah, entre as comunidades do judaísmo rabínico há por séculos e mesmo atualmente, pessoas e mestres ensinando aberta e respeitosamente o nome e som Iehouah (na sua maioria estudiosos independentes porém que aceitam a liderança rabínica).
Yehowah alechem – Iehouah seja convosco. Notem, por gentileza, que colocações de boa linha de estudo mencionam sempre Jeová como uso unicamente pleno do Tetragramaton ou Grande Nome De 4 Letras, porém citam simultaneamente Yehowah, lido Iehovah ou Iehouah. Não há contradição na fonte de inteligência, porém ocorre exercício da visão humana sobre propriedade adequada de transmissão (para muitos cabalistas, judeus, espiritualistas e estudiosos a pronúncia sonora conforme o idioma de origem de uma expressão é indispensável ainda que em certa escala de compreensão atingida, já para outros parece importante como cada pessoa escuta aquele som em seu próprio idioma ao ponto de substituir a expressão por outra ou declinações da mesma. – No mundo da Torah todos os nomes são intraduzíveis e possuem natureza eterna de transmissão da informação). Para a consciência de muitos adoradores de Iehouah não parece correto a menção de seu nome chegando ao ponto de ser proibitivo, alguns não têm oportunidade de mergulhar neste assunto ou adotam premissas passadas por pessoas ou grupos de confiança íntima. Outros entenderão que somente pessoas autorizadas por tradições e em momentos autorizados terão este direito, ou supostamente por um acontecimento aparentemente sobrenatural. Compreensível. Na Torah (Pentateuco) e Tanach (Antigo Testamento) predomina o registro de Iud; Heh; Vaw; Heh (da direita para esquerda) como Yehowah, onde o Iud tem som de Ie e o Vaw som de u, Yehovah ou Iehovah conduz ao mesmo pois o v latino constantemente teve som de u e trouxe essa influência para nossos idiomas pessoais. O Vaw ou Vav hebreu tem som de v, u e o. A estrutura sagrada da Torah e seus princípios tribais de comunicação tornam impossível o Vav, neste caso do Tetragramaton iehouah, ter som dominante de v, cabendo-lhe u, o ou mesmo a transformação de ambas vogais concluindo por uma consciência quase inaudível do v. Não adianta tentar colocar gramátticas israelitas sobre isso. Elas são muito posteriores à Torah, influenciadas pela mesma e não raro também pela evolução cultural hebraica judaica em diferentes tempos e lugares. A Torah é transmitida por mais de 3.300 anos, ela é a base que ainda não foi trabalhada e aproveitada, através dela tudo tem sentido, ela é a perfeição da voz do Elohim chamado Iehouah. Dê essa chance à si mesmo; se aproxime da Torah, ouça nela a comunicação e veja a ação de Iehouah.
Pois mesmo ao abordar o contexto informacional que emerge da Bíblia Hebraica em diferentes linhas culturais, é visível a presença do Tetragramaton Yehowah – Iehouah no judaísmo rabínico primitivo, na opção caraíta, nos seguidores iniciais de Ieshu”a e na evolução nazarena ou cristã posterior. A ausência de conformidade por sua vez está na vida dos profetas e patriarcas. No tempo de cada um deles, nenhum foi autoridade dominante e mesmo atualmente, as tradições judaicas ou cristãs estabelecidas como indiscutíveis estão longe da mentalidade objetiva dos homens e mulheres que em todas as eras se apegam ao seu Creador Iehouah como única autoridade, líder, orientação e inspiração. Faça suas escolhas, faça boas escolhas.
Corrigindo informações presentes na Wikipédia:
Caro irmão, suas informações úteis foram anteriormente previstas pelo autor do artigo, entretanto, o mesmo parte da tradição católica e é referenciado em todos os acadêmicos bíblicos da atualidade, contudo, o mesmo tem um fim catequético católico, e por isso mesmo ecumênico, de modo que respeitamos seu comentário e não entraremos no mérito da questão, pois a mesma é divergente e não há consenso. Desse modo, preferimos a tradição genuinamente católica. Obrigado pelo seu comentário.
O nome do pai eterno está sendo estrasalhado por pura maldade humana ele é tão lindo e fácil de pronunciar eita povo cego