Maria, sofredora e solidária no sofrimento: Terceiro relato.

bodasCaro internauta, amigo leitor, esse é o nosso terceiro artigo em que contemplando o texto bíblico sobre Maria, a mãe de Jesus, nossa querida Nossa Senhora, como é chamada carinhosamente pelo nosso povo, e com razão, me debruço sobre o terceiro retrato deixado pelas comunidades cristãs e registrado pelo evangelista João: Maria, sofredora e solidária com os que sofrem.
Em Jo 19, 25-27, temos o retrato de Maria, que sendo mãe de Jesus sofre comovidamente por ser mãe, discípula ouvinte e praticante da Palavra de Deus, principalmente encarnada em Jesus, que naquele momento está na cruz. De modo diferente mãe e filho sofrem e estão unidos nesse sofrimento. Veja, é duplo sofrimento, se assim podemos falar.
O sofrimento faz parte da vida humana, e há muitas explicações para ele. Uma delas nos remete ao pecado: sofremos em decorrência do pecado humano. Entretanto, inerente ao pecado, o sofrimento pode ser pensado sob diversos ângulos. O fato é que, o sofrimento revela a condição frágil, limitada, passageira da vida e do ser humano nesse plano. É uma experiência dolorida cuja vida não ninguém está preparado para tal. Mas, de uma vez que numa esquina qualquer da vida ele aparece, temos que encará-lo e não é fácil. Das muitas vezes precisamos de ajuda, e ajuda sob vários aspectos e sentido, pois a vida está em jogo, quando não muito, a própria salvação eterna. E ai precisamos da solidariedade dos nossos iguais, sobretudo dos que tem grande força interior, espiritual.
Pois, bem, Maria a mãe de Jesus, a cheia de graça que se antecipa na caridade em servir com amor, também passou por muitos momentos de sofrimento; mas nenhum, creio, foi tão intenso, des-humano, cruel, quanto ver e participar interiormente com todo o seu ser da morte e fim que teve Jesus, seu divino filho. Isso mesmo! Por ver, sentir e participar do sofrimento do filho ao pé da cruz, é que – tanto os primeiros cristãos, como nós hoje entendemos – é que ela entende o nosso sofrimento, principalmente de mães e mulheres; e por isso se solidariza de maneira tal, que como aos pés da cruz esteve, está também ao lado de quem sofre sendo solidária e poderosa intercessora, dando força, coragem e fé; para que a experiência da dor seja uma realidade redentora uma vez que no seu filho todos nós fomos redimido.
Ela, Maria, a Nossa Senhora, é então assimilada na fé de matriz católica como aquela que junto ao Filho intercede por nós, porque muito sofreu pode interceder pelos seus. Eis, o terceiro retrato da boa Mãe, que o evangelista João nos deixou e que foi conservado pela memória das comunidades.
Ela é mãe, servidora e solidária com os sofredores em suas dores. De alguma forma está junto, sofre junto, dá força e interceder como mãe sofredora e solidária. Santa Maria, rogai por nós!
Continua….

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